Empreendedorismo em rede proporciona empoderamento, redução ...
Empreendedorismo colaborativo (também conhecido como empreendedorismo em rede) é uma prática que tem crescido nos últimos anos no país...
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Empreendedorismo colaborativo (também conhecido como empreendedorismo em rede) é uma prática que tem crescido nos últimos anos no país por permitir parcerias e contribuir para o desenvolvimento mútuo dos empreendedores. Como uma via de mão dupla, as iniciativas são uma possibilidade para empoderamento, com redução de custos e sustentabilidade, transformando a lógica do mercado competitivo para uma atuação em que todos ganham com a troca de ideias e de serviços.
A plataforma Cadeira.com, da microempreendedora Alexandra Romana, do Rio de Janeiro, reúne espaços de beleza que estão com cadeiras vagas e profissionais que estão dispostos a ocupar o lugar para atender a clientela. “Uma amiga pediu para trabalhar no espaço que eu não usava em alguns dias da semana, daí surgiu a ideia de criar uma plataforma para conectar cadeiras de salões vazias a cabeleireiros que pudessem usá-las”, disse Alexandra, que venceu a categoria de microempreendedora individual (MEI) do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024 e já pensa em expandir a plataforma para outros estados.
A iniciativa tem um impacto muito significativo na vida dos profissionais de beleza, pois facilitamos o trabalho autônomo, permitindo que esse profissional se gerencie e construa a sua própria marca pessoal. Além disso, é muito mais fácil ocupar um espaço ocioso e mais econômico do que manter um espaço próprio. Por fim, contribui na realização de práticas mais sustentáveis, reduzindo os resíduos que são gerados naturalmente num dia a dia de salão.
Alexandra Romana, empreendedora.
Ela ressalta ainda que os profissionais desenvolvem uma mentalidade de colaboração ao invés de uma mentalidade competitiva, fazendo com que o ambiente fique muito mais alegre, solidário e bom de se trabalhar.
A analista do Sebrae Nacional, Renata Malheiros, destaca que a atuação em rede é uma forma de alavancar os negócios e contribuir com o desenvolvimento dos empreendedores, em especial, das mulheres donas de negócios. “Quando as pessoas estão no mesmo barco, se sentem conectadas ou passam por situações semelhantes, elas aumentam sua capacidade de aprendizado. Em uma rede, você encontra outras pessoas que te apoiam, que estão ali por você. Então, acaba descobrindo que muitas vezes crenças limitantes são enraizadas culturalmente”, comenta.
O bom das redes é que você, ao crescer, não diminui os parceiros e sim compartilha as suas experiências boas ou ruins, e a outra pessoa também. Desse modo, todos crescem juntos.
Renata Malheiros, analista do Sebrae.
A microempreendedora individual Rosane Líbano, da Líbano Tranças, é uma das profissionais que trabalham em formato colaborativo por meio do Cadeiras.com. Graduada em História e pós-graduada em História da África e do Negro no Brasil, Rosane lecionou por seis anos, mas, em 2017, retornou ao mundo dos penteados afros com dedicação exclusiva. Eventualmente, trabalha na caracterização de atrizes, atores e cantoras, entre elas Luellem de Castro, Karin Hils, Lica Oliveira e Juliana Alves.
Pelo Cadeira.com, a empreendedora atua no salão fio 40, no bairro do Jabour, no Rio de Janeiro, além de dividir um Studio em Campo Grande e presta serviços ao PROJAC, da Rede Globo. “Depois da pandemia passei a dividir um Studio em Campo Grande, porém ainda tinha alguns clientes na Jabour que não conseguiam ir a Campo Grande. Foi então que eu iniciei o atendimento no Cadeira.com. Dessa forma, consegui aumentar meu número de clientes por atender em mais de um local”, explica Rosane. Para um futuro próximo, a empreendedora já está com planos em atuar de forma mais significativa como instrutora de tranças, hairstylist e maquiadora.
Amigas confeiteiras
Um grupo de 53 mulheres confeiteiras de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, tem alçado voos maiores por trabalharem em conjunto. O projeto chamado Amigas Confeiteiras foi fundado por Carla Vanessa, confeiteira que abriu o Delícias da Nega por necessidade e começou a vender de porta em porta os seus produtos – salgados congelados, pedaços de bolo, torta e cuscuz. Em 2021, ela teve que parar com o negócio para cuidar do pai que estava doente.
Na retomada do empreendimento que tomava o espaço da cozinha de casa, ela entendeu que precisaria reduzir os custos para obter um lucro maior. Com isso, criou um grupo no WhatsApp com o intuito de compartilhar promoções, mas que passou a ser um espaço onde também se compartilha experiências e receitas.
O grupo começou a nascer a partir das minhas dificuldades, dos processos que eu tive que passar empreendendo. A cada uma que chegava dizíamos que o propósito desse grupo não é para ser concorrente, mas para se unir.
Carla Vanessa, empreendedora.
“A receita que eu faço, o dom que Deus me deu foi para mim, a minha essência é minha. Pode ser a mesma receita, mas se eu fizer uma receita com dez pessoas, cada receita vai sair o bolo de uma forma”, acredita. “Se você entender que a outra pessoa não é concorrente, que o seu produto não é melhor que o meu, se você entender isso, nós vamos chegar longe”, completa Carla Vanessa.
Para o futuro, o plano é abrir uma escola de confeitaria para que cada uma compartilhe seus dons e possa ajudar mais pessoas. “Trazer a força de que se a gente conseguiu, outras pessoas podem levar isso para as comunidades, que a gente sabe que tem muita gente que não tem condições realmente de pagar um curso”, aponta.
Saiba mais
O Sebrae Delas é uma iniciativa do Sebrae que apoia iniciativas como essas. O programa é voltado para as mulheres que desejam empreender ou que já têm uma empresa. “A iniciativa tem como um dos pilares a formação de redes. Quando a gente abre turmas do Sebrae Delas, sempre estimulamos que isso aconteça. Pode ser um grupo de Whatsapp, um encontro em um café para networking… Elas trocam cartões, conversam, conhecem o trabalho umas das outras, se tornam fornecedoras ou clientes e terminam, muitas vezes, estabelecendo parcerias comerciais”, diz do Sebrae.
O empreendedorismo colaborativo tem como objetivo fortalecer os negócios parceiros, contribuindo para um ecossistema empreendedor mais robusto e sustentável. Trata-se de uma iniciativa social coletiva, com uma rede de empreendedores dedicados a solucionar problemas de maneira conjunta e ágil.
Quando uma empresa integra uma parceria corporativa, ela tem mais chances de crescimento, otimizando recursos e tempo, e conta com a oportunidade de se expandir de forma mais sustentável, se comparada a um crescimento individual.
Fonte: Agência Sebrae
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